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Eu não nasci pra ser A Menina do Marketing

  • Foto do escritor: Rhanna Trindade
    Rhanna Trindade
  • 26 de out. de 2023
  • 2 min de leitura

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Eu já deixei, sem nem perceber, clientes e possíveis clientes fazerem leituras erradas de mim e do meu trabalho. Claro, a interpretação de cada pessoa depende dela, mas todos nós temos uma porcentagem de “culpa” naquilo que é entendido sobre a gente. Não somente no campo profissional, mas também no pessoal. Na verdade, acredito que esses dois campos estão diretamente ligados e são dependentes um do outro.


Vou tentar explicar esse raciocínio contando uma história pessoal. Minha mãe, hoje aposentada, foi funcionária pública por mais de 20 anos. Quem a conhece pessoalmente vê uma mulher reservada, discreta e muito “travada”. Raramente ela se permite relaxar entre pessoas que ainda não tem intimidade. No trabalho era a mesma coisa, mas ainda pior. Ela não dava muito espaço para brincadeiras e momentos de descontração. Em confraternizações, por exemplo, ela sequer consumia bebida alcoólica para que isso não influenciasse sua postura discreta e reservada.


Minha mãe, no trabalho, era conhecida como uma excelente profissional, com muita responsabilidade e poucos erros. Acredito que muito pelo comportamento dela em momentos tanto dentro, quanto fora da empresa. Por isso digo que pessoal e profissional são interligados. Por mais que você desempenhe o serviço “A” e leve um modo de vida que seja “Z”, o seu comportamento pessoal gera interpretações nas pessoas que trabalham com você.


No início da minha carreira como prestadora de serviço eu era tratada como “A Menina do Marketing”. Eu tinha pouco mais de 20 anos, e para muitas pessoas eu realmente poderia ser uma menina, mas ser tratada assim por alguns clientes me custou caro. Porque “meninas” geralmente obedecem, não discordam e talvez nem sejam profissionais. Quando eu percebi isso, alguns clientes já estavam me dizendo o que fazer e quando fazer - sendo que a contratada e preparada para prestar aquele serviço era eu.


Muito dessa situação eu atribuo a insegurança, inexperiência e imaturidade. Eu não me comportava como a profissional que eu queria ser. Agia de forma passiva, aceitava muitas coisas que hoje já nem me pedem mais e, realmente, parecia uma menina. Quando eu percebi isso, a chave virou. Obviamente, precisei fazer um trabalho intenso na mentalidade dos clientes que já lidavam comigo para que eles tivessem outra interpretação sobre mim.

Aí eu comecei a me comportar como a “Rhanna da Aquários Comunicação Criativa”. A menina que era passiva em relação a opiniões começou a questionar, explicar e convencer clientes sobre o seu serviço. Ser reconhecida como a profissional que você se propõe a ser é satisfatório em vários sentidos. Ainda mais quando você é uma mulher no mercado de trabalho, independente da área.


Não estou defendendo aqui que apenas o comportamento pessoal basta, é claro que você tem que ser bom naquilo que foi contratado para fazer. E também não vou falar que minha chave virou da noite pro dia e que nunca mais me trataram dessa forma, porque não é assim. Foi e é necessário muito posicionamento, muita mudança de comportamento e o mais importante; muita noção de como eu queria e quero ser vista. São melhorias constantes para ir fazendo na medida que você percebe algum ponto preocupante. Eu, por exemplo, só consegui elaborar essas construções entendendo e comparando como recorriam a mim quando precisavam de alguma coisa.


 
 
 

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